O Que a Bíblia Realmente Ensina Sobre Julgar os Outros
Textos base:
1 Jo 5.20 “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” 1 Reis 3.11 “E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo;” 1 Reis 4.29 “E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.”
"Não julgueis, para que não sejais julgados" é um dos versos mais mal-aplicados da Bíblia! Muitos não sabem como ou quando aplicá-lo.
Devido à própria natureza irresposnsável de alguns líderes, filmes e até sites da internet e às muitas mensagens de correio eletrônico que recebemos, pois hoje a maioria de nós tem acesso à internet seja em casa ou no trabalho, suponho que citam Mateus 7.1 para nós mais que qualquer outro verso! Quando ousamos apontar o erro à luz das Escrituras em instituições religiosas ou em ministérios individuais, via email, blogs ou sites, podemos comumente esperar receber várias mensagens de leitores nos acusando de "julgar". Visto que esse é o caso, estamos violando a recomendação do Senhor quando criticamos outros cristãos?
Devemos responder dizendo que muitos do povo de Deus interpretam mal esse verso e, como conseqüência, chegam a adotar a posição extrema da tolerância, não ensinada na Palavra de Deus! Em primeiro lugar e antes de tudo, devemos ser um povo de discernimento espiritual e exercer grande cautela em aceitar como genuínos aqueles que afirmam serem nossos irmãos porque a Bíblia claramente ensina que "... estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:14]. Ela também nos ensina que Satanás está ocupado "plantando joio no meio do trigo" — enchendo igrejas de descrentes. Portanto é de suma importância que não estejamos no grupo ao qual o lendário empresário circense P. T. Barnum certa vez se referiu dizendo: "Nasce um novo idiota a cada minuto!" O Diabo não poderia estar mais satisfeito quando crentes bem-intencionados baixam a guarda e dão as boas-vindas a qualquer um e recebem a todos na igreja. Ele também fica gratificado quando essas mesmas pessoas ficam extremamente irritadas com os pastores que chamam a atenção das macieiras que estão produzindo limões. Vejamos em Mateus 7.15-20 a base para essa analogia:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos de ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis."
Esse princípio básico é a razão por que continuamos alfinetando o tema "prestar mais atenção ao que eles fazem do que ao que dizem — porque falar é fácil".
O Espírito Santo de Deus reside dentro dos crentes genuínos, portanto Sua presença resultará na manifestação do "fruto do Espírito" em suas vidas [Gálatas 5:22,23]. Esse fruto é a única evidência visível pela qual podemos discernir se alguém é salvo ou não. Assim, quando o andar de uma pessoa não é coerente com o que ela diz, devemos ficar muito cautelosos com relação a ela.
Exercer discernimento espiritual é exercer julgamento. Uma das definições do dicionário de julgar é "formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar". Uma definição paralela de julgamento é "capacidade de tomar uma decisão ou formar uma opinião por discernimento e avaliação". Esse é o sentido de julgar, ou julgamento, que devemos ter o cuidado de manter, pois o Diabo está fazendo tudo em seu considerável poder para nos enganar por meio dos falsos "irmãos".
Devemos nos lembrar de alguns exemplos bíblicos como: Ofini e Fineias (1 Samuel 2.12-17), Ananias e Safira (Atos 5.1-11), Himeneu e Alexandre (1 Timóteo 1.20), que estavam no meio do povo de Deus, mas com seus corações totalmente corrompidos pelo pecado, portanto afastados de Deus, induzindo pessoas ao mesmo erro que eles cometiam, mas para a defesa de Seus santos o SENHOR nos diz em: Mt 18.6 “Quanto a estes pequeninos que crêem em mim, se alguém for culpado de fazer com que um deles me abandone, seria melhor para aquela pessoa que ela fosse jogada no lugar mais fundo do mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço”
A orientação do Senhor para "não julgar" em Mateus 7:1 usa a palavra grega krino, cujo significado — de acordo com o Expository Dictionary of New Testament Words, de W. E. Vine — é: "primeiro indica separar, selecionar, escolher; portanto, determinar e então julgar, pronunciar julgamento". Em outras palavras a advertência é para nós não nos postarmos como juízes e pronunciar sentença contra uma pessoa — e condená-la — particularmente se estamos usando a nós mesmos como padrão. Isso não significa, entretanto, que devemos deixar de observar os outros e formar opiniões sobre a validade de sua profissão de fé. Isso não significa que os pastores devam deixar de advertir seu rebanho sobre o erro doutrinário nos ministérios dos outros pastores. Uma das maiores mentiras do Diabo é que a unidade deve ser preservada por meio da abolição de toda a crítica.
Em 1 Coríntios 5, encontramos o que o apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Corinto sobre julgar indivíduos dentro da igreja. A base dessa passagem em particular envolve um homem que era membro da igreja, mas que estava vivendo em imoralidade aberta com "a mulher de seu pai" (verso 1). Aparentemente, a mulher era a madrasta do homem e, por causa de sua posição elevada na comunidade, esse pecado flagrante estava sendo relevado. Quando isso foi trazido ao conhecimento de Paulo, ele não mediu palavras para condenar a imoralidade e exigiu que a liderança da igreja entregasse o homem "a Satanás para a destruição da carne" (verso 5). Em outras palavras, a excomunhão — a remoção dos privilégios de membro e expulsão da assembléia — foi fortemente recomendada por Paulo. Isso significava punir o homem, colocando-o fora da proteção espiritual da igreja local e, como efeito, relegando-o de volta ao domínio de Satanás — onde sua carne (natureza carnal) ficaria debaixo de ataque demoníaco. Tudo isso foi feito com a esperança de que o homem procurasse arrependimento, perdão de Deus e restauração da comunhão com os outros irmãos. Essa história teve um final feliz, pois foi exatamente isso que o homem fez após ser disciplinado. No entanto, o ponto principal que não devemos perder encontra-se nas solenes palavras de Paulo nos versos de 11 a 13, onde exorta literalmente aos irmãos a exercerem julgamento espiritual nessa questão:
"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo."
(NTLH) versos 12-13 “O que eu digo é que vocês não devem ter nada a ver com ninguém que se diz irmão na fé, mas é imoral, ou avarento, ou adora ídolos, ou é bêbado, ou difamador, ou ladrão. Com gente assim vocês não devem nem comer uma refeição. Afinal de contas eu não tenho o direito de julgar os que não são cristãos. Deus os julgará. Mas será que vocês não devem julgar os seus irmãos na fé? Como dizem as Escrituras Sagradas: "Expulsem do meio de vocês esse homem imoral."
Outra interessante passagem encontra-se em 2 Tessalonicenses 3, onde parece que falsos mestres tinham convencido alguns dos crentes em Tessalônica que o Senhor estava para voltar em certa data. Assim, eles deixaram seus empregos, venderam suas posses, e estavam ansiosamente esperando o retorno de Cristo. Mas, enquanto esperavam, tinham de viver da generosidade de outros irmãos e, entre outras coisas, eram culpados de vadiagem e de "meter o nariz" nos negócios alheios. Para corrigir o problema, as palavras de Paulo nos versos 6, 14 e 15 uma vez mais encorajam julgamento apropriado:
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."

Quem Somos?
Somos a Igreja Batista Nacional - Missão no bairro Senhora das Graças em Governador Valadares - Minas Gerais. Cuja sede é a Igreja Batista Nacional Monte Sinai do bairro Altinópolis, somos uma Igreja da CBN - Convenção Batista Nacional. Nosso Ministério está pautado na Pregação do Evangelho e no Ensino das Sagradas Escrituras, que se desenvolve através de nossos cultos ao Senhor, aos Domingos, Quartas e Sextas.
Domingo: Escola Dominical a partir das 8 horas e 30 minutos,com termino as 10 horas manhã.
Segunda feira: Reunião da União Feminina Local.
Quarta feira: Culto da Vitória - Culto de libertação, campanha e corrente de oração!
Quinta feira: Meu lar nas mãos do Senhor - Culto no lar onde a igreja se reuni semanalmente na casa de uma família para ali cultuarmos ao Senhor, proclamando as ricas bençãos do nosso Deus.
Sexta feira: Escola de Discípulos - Estudo da Palavra de Deus, onde utilizamos recursos áudio visuais para melhor memorizarmos as Sagradas Escrituras - Pois cremos que a verdadeira libertação está no Conhecimento da Verdade, ou seja, conhecer verdadeiramente a vontade de Deus e praticá-la promove na vida do indivíduo libertação em todas as áreas de sua vida. Venha estudar a Palavra de Deus conosco! (João 8.32).
Faça-nos uma visita - Rua Arthur Foratini, 180, Nsa Sra das Graças!

Chamado para a angústia

O que aprendi com David Wilkerson
Chamado a angústia : Artigo extraído do jornal Arauto da Sua Vinda.
Passagem Bíblica : Ne 1:1-4
D.W = David Wilkerson “ Não é fácil para mim dar uma mensagem como esta. Tenho reclamado ao Senhor, dizendo: “ Será que não poderias me dar uma mensagem mais agradável?”. No entanto ele me deu uma chamado a angústia. Pode não ser para todos os leitores, mas Deus tem falado comigo, e, preciso compartilhar com quem puder ouvir .”
D. W tem de compartilhar uma mensagem, que de maneira sincera revela, que por sua vontade preferia algo mais agradável. E isto é uma realidade. Quem de nós queremos levar uma assembléia de ouvintes à tristeza ou choro e até o desespero? Creio que ninguém!
Porém se tais sentimentos e ações levarem o povo a um profundo encontro com Deus que assim seja! No entanto antes de conduzirmos a igreja à angústia que leva ao arrependimento e quebrantamento para uma vida piedosa na presença do Senhor, é preciso que nós mesmos passemos por isso!! Falar de angústia sem derramar uma lágrima, é retórica vazia, é palavra de besta, como se diz em minha terra.
Para Deus usar uma trombeta de arrependimento e angústia, é preciso que tal instrumento esteja afinado de tal forma que haja uma gloriosa afinação entre o que Deus sente e o som que sai de nós!
Por isso a mensagem da cruz é por demais dolorosa para nós testemunhas de Cristo. Mas ao mesmo tempo é uma alegria por causa da grande libertação de nossos pecados, que encontramos em Cristo porém, pregar a cruz significa também levar uma cruz sobre nossos ombros. É o que disse Cristo “tome sua cruz e me siga..” Mateus 16:24.
É interessante notar que em Lucas acrescenta-se a expressão o termo dia após dia, tome sua cruz. Isso mostra que a experiência de renúncia e sacrifício não é uma coisa apenas de um momento mas diária. Sim, somos como oelhas ao matadouro. Devemos sentir a dor. Se não for assim jamais haverá sinceridade em nossas mensagens. O manto da encenação é facilmente comprado por qualquer quantia em qualquer esquina .
Ele é muito usado em alguns púlpitos!!! Porém o manto da unção e poder e sinceridade é acompanhado sempre de lágrimas e angústia em abundância, pois o amor a Deus, a sua Igreja e aos perdidos, nos faz sofrer. Porém é um quebrantamento para vida !!!
Diz em João 12:24 , que se não houver quebrantamento, ou seja se o grão de trigo não se quebra rompendo a sua casca e por isso morrendo, jamais haverá vida!! D. W confessa que não é agradável , mas é uma missão sua o chamado para angustiar-se por seu povo, por amor a Deus a sua obra.
Por isso disse Paulo a Timóteo: "Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo". (2 Timóteo 2:3).
Caro leitor, não seja um cristão iludido com a pregação do Evangelho de facilidades, saiba que verdadeiramente o Evangelhos é o da cruz, a cruz é a de nossas vidas, a morte é o nosso lucro, se é que de fato estamos em Cristo!
Sola Scriptura

Pecadores nas Mãos de um Deus Irado

Por Jonathan Edwards Sermão pregado em 08 de Julho de 1741 em Enfield, Connecticut - EUA
“... A seu tempo, quando resvalar o seu pé” (Deuteronômio 32.35).
Nesse versículo os ímpios e incrédulos israelitas, que eram o povo visível de Deus, e que viviam debaixo de Sua graça, são ameaçados com a vingança do Senhor. Apesar de todas as obras maravilhosas que Deus operara em favor desse povo, este permanecia sem juízo e destituído de entendimento, como está escrito no versículo 28. e mesmo sob todos os cuidados do céu produziram fruto amargo e venenoso, conforme verificamos nos dois versículos anteriores.
A declaração que escolhi para meu texto, "A seu tempo, quando resvalar o seu pé", parece subentender as seguintes questões, relativas à punição e destruição que aqueles ímpios israelitas estavam sujeitos a sofrer:
1. Que eles estavam sempre expostos à destruição , assim como está sujeito a cair todo aquele que se coloca de pé, ou anda por lugares escorregadios. A maneira como serão destruídos vem aí representada pelo deslize de seus pés. A mesma citação encontramos no Sl 73.18-19, "Tu certamente os pões em lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição".
2. Faz supor também que estavam sempre sujeitos a uma súbita e inesperada destruição, à semelhança daquele que anda por lugares escorregadios e a qualquer instante pode cair. O ímpio não consegue prever se, num momento, ficará de pé, ou se, em seguida, cairá. Quando cai, cai subitamente, sem aviso, como está escrito, também, no Sl 73.18-19, "Tu certamente os põe em lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição. Como ficam de súbito assolados! Totalmente aniquilados de terror!"
3. Outra coisa implícita no texto é que os ímpios estão sujeitos a cair por si mesmos, sem serem derrubados pelas mãos de outrem, pois aquele que se detém ou anda por terrenos escorregadios não precisa mais do que seu próprio peso para cair por terra.
4. E também a razão pela qual ainda não caíram, e não caem, é por não haver chegado ainda o tempo determinado pelo Senhor. Pois está escrito que quando este tempo determinado, ou escolhido, chegar, seu pé irá resvalar. E então serão entregues à queda, para a qual já estão predispostos por causa do próprio peso. Deus não os susterá mais em lugares escorregadios, mas vai deixá-los sucumbir. Então, nesse exato momento, cairão em destruição, à semelhança daqueles que transitam em terrenos escorregadios, à beira de precipícios, e não conseguem se manter de pé sozinhos,caindo imediatamente e se perdendo ao serem abandonados.
Eu insistira agora num exame maior das seguintes palavras: não há nada, a não ser a boa vontade de Deus, que impeça os ímpios de caírem no inferno a qualquer momento.
Por mera boa vontade de Deus, me refiro à sua vontade soberana, ao seu livre arbítrio, o qual não é restringido por nenhuma obrigação, nem tolhido por qualquer tipo de dificuldade. Em última análise, sob qualquer aspecto, nada, exceto a vontade de Deus, tem poder para preservar os ímpios da destruição por um instante sequer. A verdade dessa observação transparecerá nas seguintes considerações:
1. Não falta poder a Deus para lançar os ímpios no inferno a qualquer momento. A mão dos homens não é suficientemente forte quando Deus se levanta. O mais forte deles não tem poder para resistir-lhe, e ninguém consegue se livrar de suas mãos.Ele não só pode lançar os ímpios no inferno, como pode fazê-lo com a maior facilidade. Muitas vezes, uma autoridade terrena encontra grande dificuldade em dominar um rebelde, o qual acha meios de se fortalecer e se tornar mais poderoso pelo número de seguidores que alicia. Mas com Deus não é assim. Não há força que resista ao seu poder. Mesmo que as mãos se unam, e que enormes multidões de inimigos do Senhor juntem suas forças e se associem, serão todos facilmente despedaçados. São como montes de palha seca e leve diante de um furacão, ou como grande quantidade de restolho perto de chamas devoradoras. Nós achamos fácil pisar e esmagar uma lagarta que se arrasta pelo chão. Achamos fácil também cortar ou chamuscar um fio de linha fino que segura alguma coisa. Então, é simples para Deus, quando lhe apraz, lançar seus inimigos no inferno profundo. Quem somos nós, que imaginamos poder resistir Àquele ante cuja repreensão a terra treme, e perante quem as pedras tombam?
2. Eles merecem ser lançados no inferno. Assim, a justiça divina não se interpõe no caminho dos ímpios; nem faz objeção pelo fato de Deus usar seu poder para destruí-los a qualquer momento. Muito pelo contrário, a justiça fala assim da árvore que produz frutos maus: "... pode cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?" (Lc 13.7). A espada da justiça divina está o tempo todo erguida sobre suas cabeças, e somente a mão de absoluta misericórdia e a mera vontade de Deus podem detê-la.
3. Os ímpios já estão debaixo da sentença de condenação ao inferno. Eles não só merecem ser lançados ali, mas a sentença da lei de Deus, esse preceito de eterna e imutável retidão que o Senhor estabeleceu entre si mesmo e a humanidade, também se coloca contra eles, e assim os mantém. Portanto, tais homens já estão destinados ao inferno. "...o que não crê já está julgado." (Jo 3.18). Assim, todo impenitente pertence, verdadeiramente, ao inferno. Ali é o seu lugar, ele é de lá, como temos em João 8.23: "vós sois cá debaixo" e para lá é destinado. Este é o lugar que a justiça, a Palavra de Deus e a sentença de sua lei imutável reservam para ele.
4. Assim sendo, eles são objetos da ira e da indignação de Deus, que se manifesta através dos tormentos do inferno. E a razão de não descerem ao inferno agora mesmo não é pelo fato do Senhor, em cujo poder se encontram, estar menos irado com eles no momento, ou, pelo menos, não tão encolerizado como está com aquelas miseráveis criaturas a quem ele atormenta no inferno, as quais experimentam e sofrem ali a fúria de sua indignação. Sim, Deus se acha muito mais furioso com um grande número de pessoas que está vivendo na terra agora, talvez de modo mais tranqüilo e confortável, do que muitos daqueles que estão experimentando as chamas do inferno. Portanto, a razão porque Deus ainda não abriu a sua mão e os liquidou, não é por ele não se importar com suas iniqüidades, ou não se ofender. O Senhor não se parece com eles, embora pensem que sim. A fúria de Deus arde contra eles, sua condenação não demora. O abismo está preparado, o fogo está pronto, a fornalha incandescente está ardendo, pronta para recebê-los. As chamas vermelhas queimam. A espada luminosa foi afiada e pesa sobre suas cabeças. O inferno abriu a sua boca debaixo deles.
5. O diabo está pronto a cair sobre os ímpios, para apoderar-se deles como coisa sua, no momento em que Deus o permitir. Eles lhe pertencem, suas almas encontram-se em seu poder e sob seu domínio. As Escrituras os apresentam como propriedade de satanás (Lc 11.21). Os demônios os espreitam, estão sempre ao seu lado, à sua direita, esperando por eles como leões esfomiados e enfurecidos que vêem a presa, aguardando a hora de agarrá-la, mas são restringidos por enquanto. Se Deus retirasse sua mão, a qual os refreia, eles cairiam sobre suas pobres almas num instante. A velha serpente está pronta a dar o bote. O inferno escancara sua boca para recebê-los. E se Deus permitisse, seriam rapidamente engolidos e consumidos.
6. Nas almas dos pecadores reinam aqueles princípios diabólicos que os faria arder agora mesmo no inferno, se não fosse a restrição imposta por Deus. Existe na própria natureza carnal do homem uma potencialidade alicerçando os tormentos do inferno. Há aqueles princípios corruptos que agem de maneira poderosa sobre eles, que os dominam completamente, e que são sementes do fogo do inferno. Esses princípios são ativos e poderosos, de natureza extremamente violenta, e se não fosse a mão restringidora do Senhor sobre eles, seriam logo destruídos. Iriam arder em chamas da mesma forma que a corrupção e a rebeldia fazem arder os corações das pessoas condenadas, gerando nelas os mesmos tormentos. As almas dos ímpios são comparadas nas Escrituras com o mar agitado (Is 57.20). Por enquanto Deus controla as iniqüidades deles pelo seu imenso poder, como faz com as ondas enfurecidas do mar, dizendo: "virão até aqui, mas não prosseguirão." Mas se Deus retirasse deles seu poder refreador, seriam todos tragados por elas. O pecado é a ruína e a miséria da alma. Ele é destrutivo pela própria natureza. E se Deus o deixasse sem controle, não seria preciso mais nada para tornar as almas humanas absolutamente miseráveis. A corrupção no coração do homem é algo cheio de fúria incontrolável e sem freio. Enquanto os pecadores viverem aqui, essa fúria será como fogo reprimido pelas restrições divinas. Ao passo que, se fosse liberada, incendiaria o curso natural da vida. E como o coração é um poço de pecado, este mesmo pecado iria imediatamente transformar a alma num forno incandescente ou numa fornalha de fogo e enxofre, caso não fosse restringido.
7. O fato de não haver sinais visíveis da morte por perto, não quer dizer que haja, por um momento, sequer segurança para os ímpios. O fato do homem natural ter boa saúde, de não prever que poderia deixar este mundo num minuto por um acidente, de não haver perigo visível à sua volta, nada disso lhe serve de segurança. Contínuas e inúmeras experiências humanas, em todas as épocas, nos mostram que não existem provas de que o homem não esteja à beira da eternidade, ou de que seu próximo passo não venha a ser no outro mundo. Os caminhos e meios, invisíveis e imprevistos, de chegar lá são incontáveis e inconcebíveis. Os homens não convertidos caminham por cima das profundezas do inferno, sobre uma superfície frágil onde existem varias áreas quebradiças, também invisíveis, as quais não conseguirão agüentar o seu peso. As flechas da morte voam ao meio-dia sem serem vistas. O olhar mais atento não pode distingui-las. Deus tem muitas maneiras diferentes e misteriosas de tirar os homens pecadores do mundo e despachá-los para o inferno. Não há nada que faça crer que o Senhor precise de ajuda de um milagre, ou que necessite se desviar do curso natural de sua providência para destruir qualquer pecador, a qualquer momento. Desde que todos os meios para fazer os ímpios deixarem este mundo estão de tal forma nas mãos de Deus, tão absoluta e universalmente sujeitos ao seu poder e determinação, segue-se que a ida dos pecadores para o inferno, a qualquer momento, depende simplesmente da vontade de Deus – quer usando meios ou não.
8. O cuidado e a prudência dos homens naturais em preservar suas vidas, ou o cuidado de terceiros em preservá-las, não lhes dá segurança por um momento sequer. A providência divina e a experiência humana testificam isso. Existem evidências claras de que a sabedoria dos homens não lhes é segurança contra a morte. Se não fosse assim, haveria uma diferença entre a morte prematura e inesperada de homens sábios e prudentes, e dos demais. Mas, o que realmente acontece? "Como morre o homem sábio? Assim como um tolo." (Ec 2.16).
9. Todo o esforço e artimanha dos ímpios para escaparem do inferno não os livram do mesmo, nem por um momento, pois continuam a rejeitar a Cristo, e portanto permanecem ímpios. Quase todos os homens naturais que ouvem falar do inferno alimentam a ilusão de que vão escapar dele. Quanto a sua própria segurança, confiam em si mesmos. Vangloriam-se do que fizeram, do que estão fazendo e do que pretendem fazer. Cada um traça seu próprio plano, pensa em evitar a condenação, e se vangloria que irá tramar tão bem todas as coisas que seu esquema, com certeza, não falhará. Na verdade, eles ouvem dizer que poucos se salvam, e que a maior parte dos homens que já morreram foram para o inferno; mas cada um deles se imagina capaz de planejar melhor a própria fuga, do que os outros puderam fazer. Dentro de si mesmos dizem que não pretendem ir para esse lugar de tormento, e que pretendem tomar todo o cuidado necessário, esquematizando as coisas de tal forma a não terem possibilidade de falhar.
Mas os insensatos filhos dos homens iludem-se miseravelmente quanto a seus próprios planos. A confiança que depositam na própria força e sabedoria é o mesmo que confiar na fragilidade de uma sombra. A maior parte daqueles que antes viveram debaixo da dispensação da graça, e agora estão mortos, sem dúvida alguma foram para o inferno. E não é por terem sido menos espertos do que os que ainda estão vivos, nem por terem planejado as coisas de tal forma que não lhes assegurou o escape. Se pudéssemos falar com eles, um a um, e perguntar-lhes se, quando vivos, esperavam ser vítimas de tamanha miséria, sem dúvida ouviríamos todos dizer: "Não, eu nunca pensei em vir para cá. Eu tinha esquematizado as coisas de maneira bem diferente. Pensei que iria conseguir algo melhor para mim, que meu plano era adequado. Pensei em me precaver melhor, mas tudo aconteceu de maneira tão repentina. Não esperava por isso naquela época, e nem daquela maneira. Mas tudo veio como um ladrão. A morte foi mais esperta que eu. A ira de Deus foi rápida demais para mim. Oh!, maldita insensatez! Eu me gabava, e me deleitava em sonhos vãos quanto ao que faria no futuro. E justamente quando eu mais falava de paz e segurança, me sobreveio uma súbita destruição."
10. Deus não se sujeita a nenhuma obrigação, nem a nenhuma promessa de manter o homem natural fora do inferno por um momento sequer. Ele não fez absolutamente nenhuma promessa de vida eterna, ou de libertação ou proteção da morte eterna, senão àquelas que estão contidas na aliança da graça – as promessas concedidas em Cristo, no qual todas as promessas são o sim e o amém. Mas obviamente os que não são filhos da aliança da graça não têm interesse na mesma, pois não crêem em nenhuma das suas promessas, e nem têm o menor interesse no Mediador dessa aliança.
Portanto, apesar de tudo que os homens possam imaginar ou pretender sobre promessas de salvação, devido suas lutas pessoais e buscas incessantes, deixamos claro e manifesto que qualquer desses esforços ou orações que se façam em relação à religião, será inútil. A não ser que creiam em Cristo, o Senhor, de modo nenhum Deus está obrigado a conservá-los fora da condenação eterna.
Então, os homens impenitentes estão detidos nas mãos de Deus por cima do abismo do inferno. Eles merecem o lago de fogo e para ele estão destinados. Deus se acha terrivelmente irritado. Seu furor para com eles é tão grande quanto para com aqueles que já estão agora sofrendo o suplício da fúria de sua ira no inferno. Esses ímpios não fizeram absolutamente nada para abrandar ou diminuir sua cólera, portanto o Senhor não está de modo algum preso a qualquer promessa de livramento, nem por um momento sequer. O diabo espera por eles, o inferno já escancarou a sua boca para tragá-los. O fogo latente em seus corações agrava-se agora querendo explodir. E como continuam sem o menor interesse no Mediador, não existem meios, ao alcance deles, que lhes possa dar segurança. Em suma, eles não têm refúgio e nada onde se segurar. O que os retém a cada instante é a absoluta boa vontade divina e a clemência sem compromisso, sem obrigação, de um Deus enraivecido.
"Este é um sermão que considero indigno de pregá-lo, por sentir em suas linhas tão grande inspiração divina!". (grifo meu).
Sola Scriptura, Soli Deo Gloria!

Trabalhe, não olhe para traz...

“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”. (Lucas 9.62)
O trabalho é fonte de utilidade – meio de abençoar pessoas e assim glorificar a Deus. Com o sustento que ganhamos, com nossas capacidades criadoras, podemos e devemos socorrer os necessitados. Podemos dar, pois dar é melhor que receber (At 20.34, que nos transmite raro ensino do próprio Senhor Jesus fora dos Evangelhos). O trabalho é fonte de sentido último para a existência; afinal, devemos viver para promover o bem, e é assim, pelo nosso serviço e doação aos outros, que nos fazemos mais parecidos com o Criador bondoso que nos fez e ao nosso mundo.
Nosso tempo, nossa inteligência, nossos bens materiais, nosso esforço só têm sentido e real serventia quando usados para o bem. Há tantos que usam seus recursos para o mal, ou de maneira egoísta. Mas outra é a escolha da Igreja, a serviço da vida, do bem, da paz, por meio de trabalho.
Todo trabalho é digno, importante, útil – e deve ser bem feito. Os reformadores entendiam isso muito bem, quando diziam que toda profissão é fruto de vocação. Vocação não é só religiosa, é secular também. E é sempre dada em vista do mundo. Qualquer que seja a nossa atividade, ela é oportunidade de serviço às pessoas e à comunidade humana. NOSSA IGREJA DESEJA QUE TODOS OS TRABALHADORES SEJAM ABENÇOADOS POR DEUS EM PROTEÇÃO, ESFORÇOS E DEDICAÇÃO E HONESTIDADE NO TRABALHO. SERVO DE DEUS, SEJA O MELHOR NAQUILO QUE FAZ!
Na seara as vezes o trabalho parece um tanto desanimador, principalmente quando olhamos para o lado e contemplamos no semblante do colega uma expressão que em nada nos motiva. Mas é justamente aí que estamos errando, erramos em olhar para o lado, quando deveríamos olhar para cima, onde Cristo está! Caro irmão, as pessoas podem nos desanimar, mas Jesus dirá sempre... - Marche... então você dirá... - Mas Senhor, o mar está a minha frente, Então o Senhor dirá novamente... Marche!!! Não importa a situação que estejamos passando, a Palavra dEle para nós sempre será... Marche!...
Que o Deus onisciente, ilumine sua mente a fim de que entendas o que lês!
Sola Scriptura!